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Julho Amarelo: Mês de luta contra as hepatites virais.

26/07/2024 às 11h53

         No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil. As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas. Contudo, por nem sempre apresentarem sintomas, grande parte das pessoas desconhecem ter a infecção. Isso faz com que a doença possa evoluir por décadas sem o devido diagnóstico. O avanço da infecção compromete o fígado sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e necessidade de transplante do órgão.

Vamos conhecer um pouco mais das principais formas de transmissões, sintomas, tratamentos e prevenções desses vírus:

  • Hepatite A:

TRANSMISSÃO: transferida pela via fecal-oral (contato de fezes com a boca). A doença tem grande relação com alimentos ou água inseguros, baixos níveis de saneamento básico e de higiene pessoal

SINTOMAS: fadiga, mal-estar, febre, dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de sintomas gastrointestinais como: enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia.

TRATAMENTO: Não há nenhum tratamento específico para hepatite A. O mais importante é evitar a automedicação para alívio dos sintomas.

PREVENÇÃO: Lavar sempre as mãos, higienização dos alimentos e utensílios, usar instalações sanitárias adequadas.

  • Hepatite B:

TRANSMISSÃO: pode ser transmitida da mãe para o filho durante a gestação ou durante o parto, sendo esta via denominada de transmissão vertical. Esse tipo de transmissão, caso não seja evitada, pode implicar uma evolução desfavorável para o bebê, que apresenta maior chance de desenvolver a hepatite B crônica.

SINTOMAS: Na maioria dos casos, não apresenta sintomas. Muitas vezes após a infecção, com sinais relacionados a outras doenças do fígado (cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados), que costumam manifestar-se apenas em fases mais avançadas da doença.  

TRATAMENTO: não tem cura. No entanto, o tratamento objetiva reduzir o risco de progressão da doença e suas complicações, especificamente cirrose, câncer hepático e morte.

PREVENÇÃO: A principal forma de prevenção da infecção é a vacina.

  • Hepatite C:

TRANSMISSÃO: Contato com sangue contaminado, pelo compartilhamento de agulhas, seringas. Relações sexuais sem o uso de preservativos (menos comum); Transmissão de mãe para o filho durante a gestação ou parto (menos comum).

SINAIS E SINTOMAS: febre, fadiga, náusea, vômito, diarreia, dor abdominal, urina escura e icterícia. Como os sintomas são geralmente leves e inespecíficos, o diagnóstico pode passar despercebido.

TRATAMENTO: é feito com os chamados antivirais de ação direta (DAA), que apresentam taxas de cura de mais 95% e são realizados, geralmente, por 12 ou 24 semanas.

PREVENÇÃO: evitar o uso de objetos que possam ter entrado em contato com sangue (seringas, agulhas, alicates, escova de dente, etc); Usar preservativo nas relações sexuais.

  • Hepatite D

TRANSMISSÃO: As formas de transmissão são idênticas as da hepatite B. 

SINAIS E SINTOMAS: Da mesma forma que as outras hepatites, a do tipo D pode não apresentar sintomas ou sinais da doença. Quando presentes, os mais frequentes são: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor abdominal, observação de pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

TRATAMENTO: Os medicamentos não promovem a cura da hepatite D, o objetivo principal do tratamento é o controle do dano hepático.

PREVENÇÃO: A imunização para hepatite B é a principal forma de prevenção da doença.

  • Hepatite E

TRANSMISSÃO: é transmitido principalmente pela via fecal-oral pelo consumo de água contaminada e em locais com infraestrutura sanitária frágil. Outras formas de transmissão incluem: ingestão de carne mal cozida ou produtos derivados de animais infectados (por exemplo, fígado de porco); transfusão de produtos sanguíneos infectados; e transmissão vertical de uma mulher grávida para seu bebê. 

SINAIS E SINTOMAS: fadiga, mal-estar, febre, dores musculares. Esses sintomas iniciais podem ser seguidos de enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia, presença de urina escura e pele e os olhos amarelados (icterícia).

TRATAMENTO: O mais importante é evitar a automedicação para alívio dos sintomas, vez que o uso de medicamentos desnecessários ou que são tóxicos ao fígado pode piorar o quadro. O médico saberá prescrever o medicamento mais adequado para melhorar o conforto e garantir o balanço nutricional adequado, incluindo a reposição de fluidos perdidos pelos vômitos e diarreia. É desaconselhado o consumo de bebidas alcoólicas. PREVENÇÃO: Lavar sempre as mãos, higienização dos alimentos e utensílios, usar instalações sanitárias adequadas.